CURIOSIDADE: O que acontece com a taça da Copa do Mundo depois da comemoração?

CURIOSIDADE: O que acontece com a taça da Copa do Mundo depois da comemoração?

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© Mariana Veiga Funcionário manuseia réplica da taça, criada por um ourives italiano depois do campeonato de 1970

Copa do Mundo. De outro a França, cuja seleção foi campeã há 20 anos. Noventa minutos depois – ou 120, se houver prorrogação; ou um pouco mais, se houver decisão por pênaltis -, a festa será completa quando o meio-campista croata Luka Modric ou o goleiro francês Hugo Lloris, capitães de suas seleções, erguer a cobiçada taça Copa do Mundo FIFA.

Então, em um enredo que se repete a cada quatro anos, o troféu de ouro viajará para o país vencedor e será parte fundamental de todas as comemorações. Algumas semanas depois, entretanto, em data nunca divulgada exatamente – por razões de segurança -, a taça estará na pacata cidade de Paderno Dugnano, na região metropolitana de Milão, norte da Itália.

Ali, em um galpão simples, localizado em uma tranquila rua de uma região industrial, os sete ourives que trabalham na fábrica da empresa GDE Bertoni já estão prontos para receber a famosa taça.

E mãos à obra: entre os afazeres, precisam deixar o troféu tinindo como se fosse novo e gravar, no disco circular que fica em sua base, o nome do último campeão.

© Mariana Veiga A fábrica onde o nome do campeão do Mundo é gravado na taça da Copa fica na região metropolitana de Milão

A taça

Quando o Brasil sagrou-se tricampeão mundial, em 1970, a FIFA se viu obrigada a aposentar o troféu Jules Rimet – pois o combinado era que a primeira seleção que vencesse três vezes a Copa ficaria com a pose definitiva da taça. Então foi aberto um concurso para escolher a premiação substituta.

Participaram 53 empresas de todo o mundo. A GDE Bertoni, empresa fundada em Milão pelo ourives Emilio Bertoni, já tinha certa experiência no ramo esportivo, pois havia feito as medalhas para os Jogos Olímpicos de Roma, em 1960.

E mesmo sendo a peça original, em ouro 18 quilates, um item único, sempre em posse da Fifa, o trabalho da GDE Bertoni não para por aí. Eles são incumbidos de produzir réplicas, idênticas em forma e com peso semelhante, que são entregues, em definitivo, às seleções campeãs. Em vez de ouro, há uma liga de cobre e zinco – mas banhada a ouro em três demãos.

A cada quatro anos, toda vez que a taça original e única da Copa do Mundo retorna para Paderno Dugnano para a gravação do nome, os artesãos sabem que o serviço precisa ser completo. Aquelas duas faixinhas verdes, feitas de uma pedra chamada malaquita, são substituídas por novas – segundo Bambrilla, o material é frágil e costuma trincar com o manuseio no calor das comemorações.

O troféu também é limpo e polido. Fica novinho em folha antes de retornar à sede da FIFA, em Zurique, na Suíça.

Todo esse processo costuma levar pelo menos duas semanas. É feito em sigilo, sem alarde, por razões de segurança – e para não quebrar o sossego da silenciosa e quase sem movimento ruazinha onde a GDE Bertoni se localiza.

© Mariana Veiga Quando chega à fábrica, o troféu é limpo e polido para ficar novinho em folha antes de retornar à sede da FIFA.

FONTE: MSN.COM

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